quinta-feira, 21 de julho de 2011

Seleção de tutores bolsistas EMEJA

PROJETO DE ENSINO MÉDIO EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS  (EMEJA) - FAETEC/CECIERJ


A Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (CECIERJ) está realizando a seleção de 72 tutores bolsistas, sendo seis por disciplina, no período de 20 a 31 de julho. Este projeto será aplicado em oito Unidades de Ensino da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (FAETEC), os Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs).
O projeto visa uma nova metodologia para o EMEJA a distância, com tutores para atendimento presencial e on-line de alunos e está sendo desenvolvida numa parceria entre a FAETEC e a Fundação CECIERJ, ambas vinculadas à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECT).  E se destina prioritariamente a jovens e adultos que estão fazendo cursos de qualificação profissional nos Cvts, tem mais de 18 anos e não concluíram sua escolarização em nível médio. Ela Integra estratégias e recursos da Educação a Distância a momentos presenciais e práticas pedagógicas nos espaços escolares.
Outras informações podem ser obtidas no Edital de Seleção de Bolsistas Tutores disponibilizados na página da Fundação CECIERJ, http://www.cederj.edu.br .

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Em defesa do ensino a distância

Embora contraditórios e um tanto polêmicos, os cursos a distância existem há muito tempo; historiadores afirmam que a Grécia e a Roma antigas já ensinavam por correspondência. No Brasil, esse tipo de ensino se fortaleceu a partir de 1930, com o surgimento do Serviço de Radiodifusão Educativa do MEC, cujas aulas eram transmitidas via rádio, acompanhadas por material impresso.

Em 1965 foi criada a TV Educativa, e em 1980 o Telecurso 1º e 2º. graus; este último responsável pela formação de mais de 4 milhões de brasileiros.

A partir de 1960 e 1970, o ensino a distância no País e no mundo manteve os materiais impressos como base e incorporou o áudio, o videocassete, as transmissões de rádio e TV, o videotexto, o computador, e atualmente a tecnologia de multimeios.

Em termos de uso dos meios tecnológicos, o ensino a distância está um passo a frente do ensino presencial.
No final da década de 1990, os cursos a distância no Brasil foram regulamentados por decreto presidencial, e assistimos a uma grande proliferação desses cursos principalmente no Ensino Superior, oferecidos tanto por instituições públicas quanto por instituições privadas.
Os cursos superiores poderão ainda ofertar até 20% de sua grade curricular na modalidade a distância, o que é um avanço significativo e um ganho para os estudantes, que poderão aliar a interatividade tecnológica ao ensino e aprendizagem.

Em Maringá, diversas faculdades particulares oferecem esse tipo de ensino, na graduação e pós-graduação. Destacamos a Universidade Estadual de Maringá, instituição pública estadual pioneira nessa modalidade de ensino, que oferta cursos de graduação a distância, cujo ingresso ocorre por meio de vestibular, além de diversos cursos de pós-graduação.

Essa modalidade de ensino, tanto na UEM quanto nas demais instituições particulares, é caracterizada pela comunicação de múltiplas vias, uma modalidade alternativa para superar as barreiras de tempo e espaço, e seus referenciais, preconizados pela Unesco, englobam os quatro pilares da Educação do Século XXI, válidos também para o ensino presencial: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.

Não podemos afirmar que essa modalidade não atinge seus propósitos educacionais como o ensino presencial, já que as prerrogativas preconizadas para ambas as modalidades são as mesmas.
A principal característica do ensino a distância, seja no Ensino Básico, no Profissionalizante, no Ensino Superior ou na Pós-Graduação, é que o aprendiz não fica preso fisicamente em um ambiente formal de ensino-aprendizagem, possibilitando-lhe realizar um autoestudo em tempo diferenciado, o que exige, todavia, muita disciplina e empenho pessoal.

O professor, por sua vez, atua como mediador dos conhecimentos, exigindo uma nova postura diante do ensino. Essa distância física entre aluno e professor seria o fator que, para alguns, tornaria essa modalidade de ensino menos conceituada que a presencial.

Não obstante, o ensino a distância sempre esteve presente na divulgação dos conhecimentos formais ao homem, e os novos avanços tecnológicos atuais permitem a essa modalidade de ensino maior interatividade com as pessoas, constituindo-se em uma alternativa para quem não teve acesso ao ensino presencial, formal.
Frisamos que esse tipo de ensino não é melhor nem pior que o ensino presencial, em que o aluno está fisicamente presente: quem determina o aprendizado, independentemente da modalidade, se presencial, semipresencial ou a distância, é o aluno, por meio de esforço, dedicação, empenho, e especificamente no caso do EAD, autonomia e muita autodisciplina.

Em outras palavras, quem determina se o ensino e a aprendizagem serão eficientes, em que modalidade estes ocorrerem, são os mediadores desse ensino, as instituições formadoras, os docentes ou instrutores, e particularmente, os aprendizes.


Annie Rose dos Santos
Docente do Departamento de Letras da UEM e doutoranda em Estudos da Linguagem pela UE L

Cinco ideias para entender a EAD


     Estudar à distância, conectado na web, deixou de ser um hábito estranho no Brasil. O número de alunos que têm aulas de graduação via internet cresce a cada ano no país e, em 2009, alcançou 665,8 mil inscrições. Algumas pessoas ainda torcem o nariz para a Educação à Distância (EAD), mas a modalidade pode se tornar ideal para quem quer estudar e mora longe da universidade ou para quem não tem tempo de frequentar aulas regulares.

    Nos últimos dois anos, percebemos, ainda timidamente, que um novo público vem surgindo. São jovens que, de tão acostumados a interagir pela internet, estão preferindo o EAD ao presencial, salienta Waldomiro Loyolla, presidente do Conselho Científico da Associação Brasileira de Educação à Distância (Abed).

     Confira cinco idéias sobre EAD, verdadeiras ou falsas:

1- Os empregadores preferem candidatos com cursos presenciais. Mentira. Ainda há o preconceito, é claro, mas aos poucos o mercado de trabalho começa a se dar conta, entre outras coisas, que quem faz EAD desenvolve habilidades como autonomia na hora de resolver problemas, responsabilidade, organização, disciplina e, principalmente, percepção para analisar e filtrar informações.

2- O aluno pode aprender sem o professor por perto, sem “o olho no olho”. Verdade. Os professores de EAD também ensinam e cobram como ocorre nas salas de aula. Mas não é porque o aluno não está vendo o professor  que ele não vá aprender. O sucesso das redes sociais prova que o virtual pode ser mais eficaz do que o presencial.

3- EAD não tem professor nem aula, e o aluno estuda a hora que quer. Mentira. Na EAD, professor também cobra, existem encontros presenciais, e o curso também exige bastante dedicação do aluno. O que muda é a metodologia de ensino, que vai ser mais eficaz para uma pessoa, mas pode não ser para outra.

4- Para fazer EAD tem que ser disciplinado. Verdade. Pessoas pouco disciplinadas, pouco comprometidas ou que necessitam de alguém cobrando o tempo inteiro não serão boas candidatas a um curso à distância. Apesar da cobrança, EAD exige que a pessoa se vire bem sozinha.

5- EAD é cômodo, pois realiza o “sonho” de muitos alunos que não gostam de ser cobrados pelo professor e de muitos professores que não gostam de aluno. Mentira. EAD não evita o vínculo entre professor e aluno, que interagem por meio de e-mail, programas de mensagens instantâneas , chats. Quem acha que é mais fácil estudar à distância se decepciona, porque há cobranças semanais para entrega de trabalhos.

Fonte: Zero Hora/Vestibular