Nossa  missão é elevar a qualidade da educação, por meio da ação direta do  tutor, na qual temos a certeza que a excelência deste processo passa por  nossas mãos. Mas, antes disso, temos que estar em defesa da educação a  distância e de todos que nela laboram e se dedicam, fazendo o seu  melhor, em especial, os nossos alunos, que neste caso, estavam sendo  muito prejudicados. Porém, não é o simples defender por defender e  ponto final! Quando se pensa desta forma, inevitavelmente caímos em  deslizes, sem que percebamos as falhas e fragilidades que muitas vezes  está a um palmo do nosso nariz, sem sequer percebemos.
Afirmamos  isso porque queremos estar lado a lado das instituições que apresentem,  de maneira séria, consistente e responsável, propostas de melhorias  para o nosso sistema educacional, seja ele presencial ou a distância.  Mas você deve estar se perguntando agora: aonde estamos querendo  chegar?  E a resposta é simples: na campanha promovida pelo conjunto  CFESS, cujo slogan é “Educação não é fast-food – Diga não à graduação em  serviço social a distância”. Muito bem, sobre este assunto a ANATED já  conseguiu uma liminar na Justiça Federal, deferida no último dia 28/07,  que determinou a cessação e o recolhimento de todo material promocional e  que deverá ser cumprida nos próximos dias.
Excessos  a parte da referida campanha (entende-se por excessos: vídeos, material  gráfico e spot de rádio com falsas informações), se fizermos uma  análise de alguns dos pareceres técnicos emitidos pelo CFESS, veremos  que existem críticas construtivas que devem ser acolhidas pelos órgãos  fiscalizadores (Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior)  e pelas demais entidades ligadas ao setor. Inclusive, algumas delas  favorecem a nós próprios, os tutores, que merecem mais respeito no  exercício de suas funções. Porém, o que jamais iremos aceitar é que  alguém, seja quem for, se utilize de maneira escarnecedora, que segundo o  dicionário significa ridicularizar, zombar, mofar, fazer pouco de  tutores (profissionais em geral da EaD) e alunos, pelo simples fato de  "querer chamar a atenção" para o problema educacional brasileiro. Ora,  porque não falar do todo, ao invés de apenas boicotar a EaD? Problemas  existem em todos os lugares, mas, francamente, você acha esse "excesso"  responsável e correto, ainda mais partindo dessa entidade? Veja como  entendeu o juiz federal, da 8ª Vara da Subseção Judiciária em Campinas,  que apreciou o pedido liminar formulado pela ANATED, quando se deparou  com o material juntado nos autos do processo: "As ilustrações em que –  tutor não assistente social – prova virtual – estágio sem supervisão –  aparecem, respectivamente, em embalagens de batata fritas, sanduíche e  refrigerante escarnecem do serviço e de seus consumidores." E continua sua fundamentação, afirmando que: "O  conteúdo em som, reproduzido à fl. 05, e vídeos (fl. 32), têm caráter  altamente pejorativo ao ensino a distância em serviço social, abusando  da simples crítica à qualidade daquele método. E expõem os consumidores  deste método ao ridículo, tratando-os como pessoas de pouca inteligência  e discernimento."
Só  mais uma coisa que precisamos deixar muito claro: longe de nós querer  restringir o direito à liberdade de manifestação do pensamento e da  expressão, direitos esses consagrados em nossa Constituição Federal!  Apenas temos que lembrar que o mesmo dispositivo legal assegura o  direito de resposta proporcional ao agravo e a indenização por dano  material, moral ou à imagem (artigo 5º, IV, V e IX). Assim, como bem  pontua o juiz em sua decisão, “a Constituição Federal reprime os  abusos da liberdade da manifestação do pensamento ou de expressão da  atividade de comunicação, da qual a propaganda comercial é espécie”.
Ao  finalizar, queremos deixar uma mensagem de apoio aos nossos tutores, os  quais são verdadeiros heróis, pelos quais passaram por momentos  difíceis diante da veiculação desta campanha. Com trabalho sério e  comprometimento os resultados aparecem. E o que dizer então para os  nossos alunos, que injustamente se depararam com esta situação  embaraçosa, de modo desrespeitoso e desnecessário? Sobre este assunto,  veja o que consta no site da Associação Brasileira dos Estudantes de EAD  (ABE-EAD): "Em Porto Velho, muitos alunos estão sendo rejeitados  para o estágio supervisionado. Ou seja, mesmo o curso estando totalmente  legalizado junto ao Ministério da Educação – MEC, alunos EAD sofrem com  o boicote por parte de alguns profissionais, se é que podemos chamar  essas pessoas de profissionais". Sem palavras...  Portanto, neste  momento pedimos o seu apoio e que sejamos todos uníssonos em defesa da  educação a distância, com qualidade e sem discriminação.
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